A alguns anos atrás um jovem depois de ter sofrido várias desilusões amorosas, desistiu de achar seu verdadeiro amor e foi atrás de um sabio que vivia muito longe da civilização, diziam que esse sábio entendia tudo sobre amor e talvez ensinasse a ele a dominar seu coração e não se apaixonar com facilidade.
Depois de muito procurar, o jovem encontrou uma velha cabana e ao se aproximar viu um senhor sentado no chão de madeira velho, seus olhos não podiam acreditar no que viam, ele conseguira conhecer o famoso sábio do amor que até mesmo chegou a duvidar que existirá.
Depois de contar toda a sua história para o sábio, o mesmo se propôs a ajudá-lo a entender tudo sobre o amor, passaram-se dias e meses e o aprendiz ficava cada vez mais pratico no quesito amor e para ele isso era ótimo, o sábio lhe ensinou que amar o faria sempre chorar e sempre o magoaria, mostrou que o amor era quase como uma maldição e dominar o coração era quase impossivel, mas não era totalmente impossivel.
Depois de quase 2 anos em todo aquele ensinamento, o sábio deu a grande noticia ao seu aprendiz: Ele já havia aprendido tudo que o sábio podia ensinar-lhe, e depois de uma ultima lição ele poderia retornar ao seu lar.
— Ultima lição, mestre? — Perguntou o aprendiz. — Do que se trata essa ultima lição?
— Você foi um bom aprendiz, mas preciso lhe ensinar isso e você terá aprendido tudo o que posso lhe ensinar.
O sábio pegou um pequeno pote que continha água dentro, o jovem não sabia do que se tratava mas sempre obedeceu seu mestre então se aproximou do mesmo e ouviu claramente a voz do sábio.
— Olhe bem para dentro desse pote, me diga o que vê?
Depois de muito olhar e se concentrar o aprendiz pode ver uma linda jovem, era de todas a mais linda que ele havia visto em toda a vida e mais cenas vieram apartir daí.
— Esta vendo como essa moça lhe fará feliz? — O sábio lhe disse apontando o dedo para uma das cenas onde mostrava ele e a moça sorrindo.
— Mas olha, mestre. — O jovem apontou mais para frente onde mostrava ele chorando. — Mas ela vai me fazer sofrer também e isso eu não vou permitir.
— Essa é a ultima lição que vou lhe dar e acho que é a unica que deverá aprender e levar contigo para toda a eternidade. — Disse o mestre. — Você procurou ver só o fim de vocês dois e não prestou atenção nos momentos que ela vai te fazer bem, você está preocupado com a dor enquanto devia se preocupar nos momentos que vocês podem passar juntos, amar não é ser sempre feliz, é correr riscos, é arriscar-se com tudo mesmo que não vá valer a pena, olha quantos momentos ela vai te fazer sorrir e nenhuma dor compensa o valor de um sorriso, nada é maior que a felicidade que o amor pode proporcionar-lhe, e se no final tudo acabar, você terá tudo isso de lembranças e poderá sorrir novamente. Não perca tempo tentando procurar a felicidade eterna meu jovem, ela não existe, isso eu posso lhe garantir, fechar seu coração pro amor é privar-lhe os melhores momentos que a vida poderá te dar, é não deixar ele sentir a abundancia de água pura para ele se afogar em felicidade e se depois de viver tudo isso, só sobrar lagrimas no final, pense se não valeu a pena ter nem que seja por pouco tempo, a companhia daquela doce menina que apareceu alí. Não comece um relacionamento pensando no fim, ou pensando em como terminaram os relacionamentos passados, comece um relacionamento de alma limpa e se entregue a pessoa como se fosse a primeira vez, beije a pessoa como se fosse a primeira vez e assim, no final de tudo você vai poder dizer que se arriscou por amor e mesmo depois de tudo, guarda ótimas lembranças em seu coração. Evitar o amor por medo do seu fim é como evitar ver o sol porque detesta vê-lo se por.
Depois de ouvir tudo aquilo, era intrigante como um velho que vivia a tanto tempo em uma montanha soubesse tanto sobre o amor, mas aquele jovem não ligava, seu coração sairá puro dali e se antes ele pensava que a solução para o amor era ser frio, agora ele sabia que a solução para o amor era um novo amor, era amar sem culpa, era gostar sem medo, era não pensar no fim e sim em um novo recomeço.
Por Tamires Barbosa Saad.
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