Quando somos mais novos a vida parece tão simples, nos envolvemos por histórias perfeitas de romance estilo novela, filmes que nos fazem derramar um balde de lagrimas por ver um final tão perfeito.
Sonhamos todos as noites com o dia que seu principe vai aparecer, sempre damos atenção aos minimos sinais que aparecem no dia a dia, pensamos que o amor de nossa vida pode aparecer a qualquer momento, talvez esse amor trombe com a gente no corredor da escola e quando os olhos cruzarem você vai ter certeza que ele é seu amor, ou talvez na biblioteca, aquele ali lendo do outro lado, parece tão esperto, quem sabe em um café, algo engraçado aconteça e vocês vão rir de coisas juntos, talvez ali esteja seu amor.
Seu amor está em tantos lugares e você se pergunta como saber se ele é o certo? Como as meninas dos filmes sabem que aquele é o cara certo? E se ele fosse o errado?
Nos envolvemos com caras errados todos os dias, todas as horas tropeçamos no amor falso na esperança que ele seja o verdadeiro.
Nos apaixonamos e desapaixonamos todas as semanas, na espera silênciosa de um amor verdadeiro e quando encontramos um, um que faz o mundo mudar, o céu brilhar, um que muda todo o contorno e a forma da terra girar, é estranho, uma sensação diferente e quando toda essa sensação vira um delicioso e doloroso balde de água fria que cái bem em cima dos seus sonhos a dois? Como fazer pra reconstruir agora algo que você construiu desde o dia que nasceu? Os sonhos de um amor forte que nada destroi? O que fazer quando tudo caí de cima de um abismo e não resta nada?
Você acaba tendo medo do amor, descobre que os filmes e novelas só mentem e que o amor machuca, você não se apega, não se envolve, você não deixa ninguém te tocar denovo por medo.
E se pergunta toda noite, quando o medo vai passar? Será que ele vai passar?
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